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19/06/2023

LÍNGUA PORTUGUESA: COESÃO E COERÊNCIA

 


COESÃO E COERÊNCIA

Coesão (estrutura) e coerência (lógica) são elementos textuais que devem caminhar juntos.

 

Coesão diz respeito à estrutura do texto, é a utilização de palavras, conjunções, preposições, advérbios, pronomes adequados para a construção textual, está no plano da estruturação linguística, conecta as partes do texto por meio das ligações (coesão sequencial) entre elementos ou das substituições (coesão referencial) de informações. Pode ser interfrasal (entre períodos em um mesmo parágrafo), intrafrasal (relação dentro do mesmo período) ou interparagrafal (conectando diferentes parágrafos). É estabelecida por meio de mecanismos linguísticos. Liga informações para estabelecer relação de sentido entre orações.

 

Coerência é a lógica da escrita, são as informações transmitidas numa sequência lógica, está relacionada às ideias do texto. Um texto coerente deve apresentar sentido entre si sem falhas de raciocínio. É estabelecida por meio da relação entre o leitor e o texto.

 

Tipos de Coesão:

I – Referencial (anáfora de retomada e catáfora de apresentação): Substituição por pronomes e advérbios, utilização de artigos definidos ou indefinidos, sinônimos, numerais, hiperônimos e hipônimos e elipse.

 

Exemplos com pronomes e advérbios: Os jogadores compraram o novo Metroid em acesso antecipado. Eles (retoma jogadores) receberão um item exclusivo. / O problema é este (catáfora): a falta de itens de pré-venda. / Não há bônus de pré-venda. Esse (anáfora) é o problema. / A Nintendo desenvolve jogos. (advérbio de lugar) os desenvolvedores são valorizados.

 

Exemplo com artigos: George comprou um (artigo indefinido) Nintendo Switch usado, mas o (artigo definido) Switch não funcionou.

 

Exemplo com elipse (retirada de expressão de um determinado contexto sem prejudicar sentido da frase): A primeira desenvolvedora fez um jogo de ação, a segunda um de aventura. (foi retirado “desenvolvedora” e “jogo”).

 

Exemplo com numerais: Kojima e Suda51 são desenvolvedores, mas só o segundo desenvolve jogos para consoles da Nintendo atualmente.

 

Exemplo com sinônimos, hiperônimos e hipônimos: Os desenvolvedores participarão de projetos da Nintendo, cada criador (criador é sinônimo de desenvolvedor) ficará a cargo de dois games da desenvolvedora (Nintendo é hipônimo, desenvolvedora é hiperônimo).

 

II – Sequencial: Sequência lógica dentro do texto com o uso de conjunções e locuções conjuntivas, preposições e locuções prepositivas.

 

Ex. Hideo Kojima relatou que, assim que terminou de desenvolver Metal Gear Solid: The Twin Snakes, pensou em desenvolver outros jogos para consoles da Nintendo, mas devido a questões contratuais e aos hardwares da empresa, não pode fazer nada novo.

 

III – Recorrencial: Repetição de termos, repetição de estruturas por meio de paralelismos sintático e repetição de conteúdo semântico por paráfrase. Pode ocorrer por reiteração, paralelismo sintático e paráfrase.

 

Exemplo de reiteração: É preciso lutar pelo fim do racismo porque é justamente o racismo a origem de muitos problemas sociais.

 

Exemplo de Paralelismo Sintático: “Sentou para descansar como se fosse sábado, comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe.” (Construção – Chico Buarque).

 

Exemplo de paráfrase: The Legend of Zelda Ocarina of Time ganhou nota 40/40 da revista, ou seja, quatro notas 10 dos avaliadores.

12/06/2023

LÍNGUA PORTUGUESA: PRONOMES DEMONSTRATIVOS

 


PRONOMES DEMONSTRATIVOS ESSE X ESTE / AQUELE X AQUELA / ESSA X ESTA / ISSO X ISTO

Tanto “este” quanto “esse” são pronomes demonstrativos que podem ser utilizados em relação a lugar (em relação a alguém), tempo ou referência dentro de um texto (coesão textual).

 

Lugar (posição em relação a alguém): Quando se estiver referindo a algo em própria posse, na própria mão, se deve utilizar “este”. Ex. Este Joy-Con é meu (eu estou utilizando o controle do Nintendo Switch). Quando não estamos na posse do objeto, ele está na mão de outrem, utilizamos “esse”. Ex. Esse Joy-Con é meu (outra pessoa está usando o controle do Nintendo Switch). Se o item está mais distante, na posse de um terceiro fora da conversa se deve utilizar o termo “aquele”. Ex. Aquele Joy-Con é meu.

 

Tempo: Em relação ao tempo, ao tempo presente utilizamos “este”. Ex. Este post está me ajudando. / Esta Nintendo Direct está muito chata. Para utilizar o “esse” se deve estar falando de tempo passado ou futuro próximo, no futuro também podemos utilizar o termo “nesse” ou “nessa”. Essa semana eu joguei Zelda pela primeira vez. / Essa semana eu jogarei o novo Zelda. / Nessa semana comprei um Nintendo Switch Lite. Para futuros distantes ou passados distantes utilizamos “Naquela” e “Naquele”. Ex. Naquela época, em 1995, The Legend of Zelda ainda era em duas dimensões. / Quando aquele dia chegar, tenho certeza que a Nintendo anunciará o novo console.

 

Referência no Texto (coesão textual): O termo “este” indica o inicio de uma nova ideia (catáfora). Ex. Este jogo é muito bom: The Legend of Zelda. O “esse”, por sua vez, indica a retomada de uma ideia já debatida no texto. Ex. The Legend of Zelda é um ótimo jogo. Esse game aflora a criatividade e a imaginação. Também utilizamos “esta” e “este” quando houver mais de um elemento citado no texto, diferenciando com “aquela” e “aquele”. Ex. Fifa e Zelda são jogos eletrônicos. Este é de aventura; aquele, esporte (este retoma o termo mais próximo, Zelda, e o aquele retoma o termo mais distante, Fifa).

 

 

 

ESSE, ESSA, ISSO, ESSES, ESSAS

 

ESTE, ESTA, ISTO, ESTES, ESTAS, NESTA, NISTO, NESTE

AQUELE, AQUELA, AQUILO, AQUELES, AQUELAS

LUGAR (EM RELAÇÃO A ALGUÉM)

Perto de quem está escutando.

Perto de quem está falando.

 Longe de quem está falando ou escutando

 

 

TEMPO

Tempo passado ou que já foi anteriormente citado.

Momento presente ou futuro próximo.

Passado ou futuro distante.

 

REFERÊNCIA NO TEXTO

Refere-se a algo já mencionado no texto.

Refere-se a algo que ainda será mencionado no texto. Ou elemento mais próximo em relação a outro mais distante chamado de “aquele”.

Utilizado para retomar um elemento mais distante no texto.

 

Dica: O T (->) anuncia algo, o S (<-) retoma algo.

09/06/2023

LÍNGUA PORTUGUESA: PRONOMES

 


PRONOMES

Os pronomes são normalmente substitutos de nomes (também existem pronomes adjetivos que acompanham nomes), servem para evitar a repetição de palavras em um texto, servindo para identificar as pessoas de um discurso. Pode substituir, acompanhar ou referir-se a uma palavra. Os pronomes podem ser, pronomes pessoais do caso reto, pessoais do caso oblíquo, pronomes de tratamento, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos, pronomes indefinidos pronomes interrogativos e pronomes relativos.

 

Pronomes Pessoais do Caso Reto (sujeito): Singular – eu (1ª pessoa), tu (2ª pessoa), ele, ela (3ª pessoa). Plural – nós (1ª pessoa), vós (2ª pessoa), eles e elas (3ª pessoa).

 

Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo (complemento do verbo): Singular – me, mim, comigo (1ª pessoa), te, ti, contigo (2ª pessoa), se, si, consigo, o, a, lhe (3ª pessoa). Plural – nos, conosco (1ª pessoa), vos, convosco (2ª pessoa), se, si, consigo, os, as, lhes (3ª pessoa).

 

Pronomes de Tratamento: Indicam a pessoa com quem se fala. Você, senhor, senhora, senhorita, Vossa Alteza, Vossa Excelência, Vossa Majestade, Vossa Senhoria, Vossa Magnificência, Vossa Santidade.

 

Pronomes Possessivos: Indicam uma relação de posse. Tua, teu, teus, tuas, meu, meus, minha, minhas, nossa, nosso, nossos, nossas, vosso, vossa, seu, sua, seus, suas.

 

Pronomes Demonstrativos: Indicam, mostram ou situam alguma coisa. Este, estes, esta, estas, isto, esse, esses, essa, essas, isso, aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo.

 

Quando usar?

Variáveis

Invariáveis

Masculino

Feminino

Singular

Plural

Singular

Plural

Próximo de quem fala ou tempo presente

 

Este

 

Estes

 

Esta

 

Estas

 

Isto

Próximo de com quem se fala ou passado ou futuro próximo

 

Esse

 

Esses

 

Essa

 

Essas

 

Isso

Afastado dos interlocutores ou passado e futuro distantes

 

Aquele

 

Aqueles

 

Aquela

 

Aquelas

 

Aquilo

 

Pronomes Indefinidos: São palavras que substituem ou indicam os substantivos de forma imprecisa. Algum, nenhum, todo, qualquer, alguém, ninguém, algo, tudo, nada.

 

Pronomes Interrogativos: São os que indicam o elemento sobre o qual se deseja obter uma resposta, podem estar em perguntas diretas ou indiretas. Que, quem, qual e quanto.

 

Pronomes Relativos: São aqueles que se referem a um elemento que já foi expresso, articulando duas orações. Fazem ligações entre duas orações e evitam repetições de termos. Que, quem, o qual, na qual, cujo/cuja (situação de posse), onde (só se refere a locais físicos). Ex. Não joguei o jogo que eles fizeram. / Aquele é o desenvolvedor de quem eu gosto. / Há uma loja da Nintendo em Nova York, onde vendem vários jogos e acessórios. / Link é o portador da Master Sword cuja lâmina limpa a escuridão. / Existe coisas em Hyrule das quais até a Zelda duvida.

 

Pronomes Substantivos e Adjetivos:

Pronomes Substantivos: É aquele que substitui um substantivo (nome). Pronomes Adjetivos: É aquele que acompanha um substantivo (nome). Ex. Aqueles (pronome adjetivo demonstrativo) desenvolvedores trabalham bastante. Eles (pronome substantivo pessoal do caso reto) serão bem remunerados.

05/06/2023

LÍNGUA PORTUGUESA: OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO

 


OBJETO DIREITO E INDIRETO

Este assunto está relacionado com os verbos, pois o objeto direto e o objeto indireto trazem um complemento ao verbo, para que o mesmo faça sentido dentro de uma oração.

 

Verbos Transitivos Direitos e Indiretos:

O objeto direito não tem preposição precedente. O objeto indireto necessita obrigatoriamente do uso de preposição.

 

Comprei um Nintendo Switch OLED. “comprei” é o verbo transitivo direto pois o verbo pede um objeto direto, que é “um Nintendo Switch”.

 

Meu irmão gosta de cerveja. “gosta” é o verbo transitivo indireto pois exige um objeto indireto com o uso de preposição. A preposição é o “de” e o objeto indireto é “cerveja”.

 

Entreguei o Joy-Con a ele. “entreguei” é o verbo transitivo direto e indireto, sendo “o Joy-Con” o objeto direto e “a ele” é objeto indireto.

 

Verbos Intransitivos:

Os verbos intransitivos são aqueles que não necessitam nenhum tipo de complemento. Verbos podem intransitivos ser seguidos de advérbios ou locuções adverbiais, que não são complementos e sim circunstâncias do verbo.

 

O Switch caiu.

 

O filhote nasceu.

 

Objeto Direito Preposicionado:

O objeto direto preposicionado ocorre quando o objeto embora seja direto acompanha preposição. Ocorre nos seguintes casos:

 

I – Quando se refere a um substantivo próprio:

João ainda ama a Maria (com preposição). George ainda ama chocolate (sem preposição).

 

II – Quando se refere a pronomes pessoais tônicos:

Quero sentir a ti (com preposição). Quero sentir ela (sem preposição).

 

III – Quando representar o nome de Deus:

Adorar a Deus (com preposição). Adorar ele (sem preposição).

 

IV – Quando o objeto direto é um pronome substantivo demonstrativo indefinido ou interrogativo:

Ele ofendeu a todas (com preposição). George ofendeu Lucas (sem preposição). A quem odeias? (com preposição).

 

V – Para evitar ambiguidade:

Na Libertadores, venceram aos colorados os venezuelanos (com a preposição aos, sendo o sujeitos os venezuelanos).

 

VI – Mudar a ideia:

Eu comi o saco de amendoins.

Eu comi do saco de amendoins (com preposição de + artigo “o”).

29/05/2023

LÍNGUA PORTUGUESA: VOZES VERBAIS

 


VOZES VERBAIS

Vozes verbais é a relação do sujeito com a ação do verbo na oração. A voz verbal é definida conforme a participação do sujeito na oração, da sua relação com o verbo ou da relação direta do sujeito com o verbo da oração. É uma das formas de flexão dos verbos, e divide-se em voz ativa, voz passiva (analítica ou sintética) e voz reflexiva (reflexiva ou recíproca).

 

Voz Verbal Ativa: Ocorre quando o sujeito está agindo na oração, quando ele pratica a ação expressa pelo verbo (sujeito agente). Ex: George comeu a carne.

 

Voz Verbal Passiva Analítica: É quando o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo, o sujeito é paciente. O verbo passa a ser uma locução verbal (verbo auxiliar e verbo principal). É formada pelo sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar etc.) + particípio do verbo principal + agente da passiva 0Ex: A carne foi comida por George (repare que George não é mais o sujeito agente da oração, e sim a carne, que passou a ser o agente paciente. George passou a ser o agente da passiva). / O antigo prédio foi reformado pela construtora.

 

Voz Verbal Passiva Sintética (ou pronominal): É construída normalmente sem o agente da passiva e com a participação do pronome “-se”. O verbo é construído na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador “-se”. O verbo deve obrigatoriamente ser transitivo. Ex: Compram-se jogos usados. / Alteraram-se os horários dos jogos. / comeu-se o churrasco muito rápido.

 

Dica: Para saber se uma oração está na voz verbal passiva sintética, deve-se passar ela para a voz verbal passiva analítica e manter o sentido. Ex: Comprou-se o Nintendo Switch -> O Nintendo Switch foi comprado.

 

 

Voz Verbal Reflexiva: Ocorre com a existência de um sujeito que faz e sofre a ação ao mesmo tempo, sendo ele agente e paciente na mesma oração. É necessária a utilização de um pronome reflexivo (me, te, se, nos, vos). Ex: George cansou-se. / Eu me cortei com papel. / Alimentaram-se de maneira inadequada.

 

DICA: Caso seja possível trocar o pronome reflexivo por “a mim mesmo, a ti mesmo, a nós mesmos, a vós mesmo etc.”, então estaremos diante da voz reflexiva. Ex. George cansou a si mesmo. / Eu cortei a mim mesmo com papel.

 

 

Voz Verbal Reflexiva Reciproca: É ramificação da voz verbal reflexiva quando na oração exista sujeito plural ou composto. É uma relação mutua interna ao sujeito. Ex: Os advogados esqueceram-se. / José e Maria casaram-se.

22/05/2023

LÍNGUA PORTUGUESA: USO DA CRASE

 


CRASE

Crase é a contração de duas vogais, uma preposição “a” e um artigo “a”. Deve ocorrer quando o termo anterior exigir a preposição “a” e o termo posterior for do gênero feminino, exigindo o artigo “a”. Também é utilizada para indicação de horas (A aula começa às 13h), na expressão “à moda de” ainda que subentendido (bife à moda da casa, churrasco à gaúcha) e nas locuções femininas adverbiais, conjuntivas ou prepositivas (à esquerda, à noite, às pressas).

 

A existência da crase é necessária para evitar o uso de duas vogais “a” idênticas e em sequência, pois não se reverbera os sons em língua portuguesa.

 

Dica: Para saber se é correto utilizar a crase, é possível substituir a palavra seguinte por uma masculina, e caso o artigo + preposição se tornar “ao”, então é necessário o uso de crase. Ex: Vou à mercearia / vou ao mercado.

 

Uso obrigatório de crase e suas exceções:

I – Indicação do número de horas. Ex: O jogo começa às 18h.

*Exceção: Não se usa crase quando antes das horas existirem as preposições “entre”, “para”, “desde”, “após”, “perante” e “com”. Ex: O jogo terminará após as 22h;

 

II – Expressões prepositivas, conjuntivas, e adverbiais femininas, exceto as de instrumento. Ex Fico muito à vontade com você / Irei à tarde / Matou a tiros (não vai crase por ser expressão prepositiva de instrumento);

 

III – Preposição “a” seguida de “aquele(s)”, “aquela(s)” e aquilo. Ex: Nunca compareci àqueles eventos de cosplay / Os gráficos ficaram semelhante àqueles da era PSX. Dica: substitua por “a este(s)”, “a esta(s)” ou “a isto” e, se funcionar, deve ir a crase.

 

Não se usa crase em:

I – Palavras no gênero masculino. Ex: Eu vou a pé (o pé, logo, sem crase);

 

II – Verbos no infinitivo. Ex: Comecei a escrever uma história / ela se dispôs a ajudar os necessitados.

 

III – Pronomes de tratamento, mesmo no gênero feminino. Ex: Entreguei os resumos a todas;

 

IV – Numerais cardinais: A prova é daqui a uma semana;

 

V – Pronomes em geral, exceto os possessivos femininos. Ex: Vieram a mim pedindo informações jurídicas. / o enigma pertencia a alguém anônimo. / Conterei a você tudo que pedir.

 

Sentenças com crase opcional:

I – Pronomes possessivos femininos (minha, sua). Ex: Perguntou a minha professora de Direito Civil / Perguntou à minha professora de Direito Civil;

 

II – Nomes próprios femininos. Ex: Me refiro à Maria Berenice Dias / Me refiro a Maria Berenice Dias;

 

III – Depois da preposição “até”. Ex: Iremos até à Arena do Grêmio / Iremos até a Arena do Grêmio.

 

Exceções importantes:

I – “aquela”, “aquele” e “aquilo” quando exige preposição “a” se usa crase. Ex: Dei àquela moça todo o meu amor (a+aquela). Dica: substitua por “a este(s)”, “a esta(s)” ou “a isto” e, se funcionar, deve ir a crase.

 

II – Pronomes relativos “a qual” e “as quais” se usa crase. Ex: São leis às quais todos devem observar;

 

III – Pronomes de tratamento “senhora”, “senhorita” e “dona” se usa crase. Ex: Dirijo-me à senhorita com todo o respeito / Dê o saco de café à dona Florinda.

 

IV – Quando o “a” no singular está antes de uma palavra no plural não se usa crase. Ex: Refiro-me a falhas de técnicas e não de arbitragem;

 

V – Pronomes em geral, exceto os possessivos femininos não se usa crase. Ex: Vieram a mim pedindo informações jurídicas. / o enigma pertencia a alguém anônimo. / Conterei a você tudo que pedir.

 

DICA: Substituir o “a” por “para” ou “para a”, onde, se aparecer “para a” deve existir o acento grave da crase, e se aparecer “para” não se utiliza a crase. Ex: Contarei uma história a você (contarei uma história para você) / Fui à Inglaterra (fui para a Inglaterra)

 

Nomes de Lugares: Só se usa a crase quando é exigida a proposição “a” e o artigo “a”.

 

Se venho “da”, crase no “a”. Ex: Vou à Dinamarca, volto da Dinamarca;

Se venho “de”, crase para quê? Ex: Vou a Porto Alegre, volto de Porto Alegre.

 

ATENÇÃO: Se o nome do lugar está especificado, deverá existir crase. Ex: Irei à Porto Alegre de Elis Regina.

 

Dicas sobre o uso da crase:

I – Crase é fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a”, ou dos pronomes demonstrativos “aquele”, “aquela” e “aquilo”. É indicada pelo acento grave “`”, não se confundindo com o acento agudo “´”;

 

II – A crase é utilizada antes de palavras femininas, não ocorrendo antes de palavras masculinas. Dica: Troque por uma palavra masculina, e se o “a” virara “ao”, ocorrerá o uso da crase;

 

III – A crase deve ser utilizada antes do uso de horas, exceto for precedida de “entre”, “para”, “desde”, “após”, “perante” e “com”;

 

IV – A crase é utilizada nas expressões prepositivas femininas, conjuntivas e adverbiais femininas como “à noite”, “à tarde”, “às pressas”, “às claras”, “às vezes”, “à toa”. Não se utiliza nas masculinas;

 

V – Não é correto utilizar a crase entre palavras repetidas como “frente a frente”, “face a face”, dia a dia”, “gota a gota”, “passo a passo”, “ponto a ponto”;

 

VI – Nunca ocorre crase antes de verbos no infinitivo. Ex: Comecei a estudar semana passada / comecei a jogar o novo Zelda ontem. / Não sei se ele já começou a falar sobre o novo Nintendo Switch;

 

VII – Não se usa crase antes de pronomes pessoais (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas).